
Em meio a tantas discussões a respeito Diversidade, Equidade, Inclusão e Pertencimento (DEI&P), o Fórum Econômico Mundial reforça o quanto este tema continua relevante para as empresas que buscam se destacar em um mercado competitivo e em constante transformação. Como costumamos dizer aqui na Éssi: Diversidade não é moda, é modo. O relatório "Future of Jobs 2025" do Fórum Econômico Mundial traz dados importantes sobre a adoção de iniciativas de D&I e oferece insights valiosos para as organizações que desejam criar uma cultura inclusiva.
O relatório revela que 83% dos empregadores já implementaram medidas de diversidade, equidade e inclusão, um aumento significativo em relação aos 67% de 2023. Esse crescimento reflete a crescente conscientização sobre a importância de D&I no ambiente de trabalho.
A conscientização ainda é parte importante da jornada. 51% dos empregadores planejam realizar treinamentos abrangentes de diversidade, equidade e inclusão para gestores e funcionários nos próximos cinco anos. Esses treinamentos são essenciais para promover a compreensão e valorização das diferenças.
Há clareza sobre processos que tem mais impacto dos vieses inconscientes, entre eles a atração e seleção de talentos, bem como os modelos de gestão de desempenho que garantem a promoção das pessoas. 48% das empresas estão focadas em iniciativas de recrutamento, retenção e progressão de talentos diversos. A diversidade de perspectivas enriquece o processo de tomada de decisão e impulsiona a inovação.
Muito do backlash de DEIP tem como responsabilidade programas sem estruturação estratégica e falta de mensuração de resultados. 42% dos empregadores pretendem estabelecer metas, objetivos e quotas de diversidade. Essas metas ajudam a garantir que as iniciativas de inclusão sejam efetivas e mensuráveis.
Assim como no Brasil, que temos a Lei da Igualdade Salarial, no mundo o tema também é relevante. 39% das empresas planejam realizar revisões de equidade salarial e auditorias de salários para garantir que todas pessoas colaboradoras sejam remuneradas de forma justa, independentemente de gênero, raça ou outras características.
Os protocolos antiassédio continuam destacados com 33% dos empregadores implementando-os para criar um ambiente seguro e respeitoso para todas as pessoas. Aqui no Brasil temos a Lei Emprega Mais Mulheres que exige a conscientização e protocolos no combate ao assédio moral e sexual.
O cenário global de constante mudança cada vez mais competitivo exige que todas as pessoas façam parte dessa co-criação do Futuro do Trabalho. Pessoas diversas e que estão incluídas nas organizações trazem mais inovação e resultados. Por isso é fundamental seguirmos em frente. O Fórum Ecônomico Mundial recomendou algumas ações para garantir uma Cultura Inclusiva. São elas:
Implementar Treinamentos de D&I: Capacitar lideranças e profissionais para entender e valorizar as diferenças é fundamental. Treinamentos regulares ajudam a combater preconceitos e a promover uma cultura de respeito e empatia.
Estabelecer Metas de Diversidade: Definir objetivos claros para aumentar a diversidade dentro da organização incentiva a responsabilidade e o compromisso com a inclusão. Essas metas devem ser acompanhadas de planos de ação específicos e mensuráveis.
Realizar Revisões de Equidade Salarial: Garantir que todas as pessoas colaboradoras sejam remuneradas de forma justa é crucial para promover a equidade no ambiente de trabalho. A transparência salarial e a igualdade de oportunidades são pilares de uma cultura organizacional justa.
Criar Protocolos Antiassédio: Desenvolver políticas claras e ações firmes contra o assédio é essencial para proteger os direitos das pessoas e promover um ambiente de trabalho saudável. Esses protocolos devem incluir canais de denúncia confidenciais e medidas de proteção para as vítimas.
Promover o Recrutamento e Retenção de Talentos Diversos: Implementar políticas que promovam a contratação e a progressão de pessoas de diferentes origens e perfis é essencial para aumentar a representatividade e a equidade na empresa. A diversidade de perspectivas enriquece o processo de tomada de decisão e impulsiona a inovação.
Apoiar Grupos de Recursos para Funcionários (ERGs): Incentivar a formação de grupos de recursos para funcionários que compartilham características ou interesses comuns pode fortalecer a sensação de pertencimento e apoio dentro da organização.
Na Éssi temos uma metodologia dos 4 “C”s da Cultura Inclusiva que apoia as organizações em todas essas etapas. Investir em diversidade e inclusão não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para o sucesso das empresas no futuro do trabalho. Organizações que adotam essas práticas estarão melhor preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades de um mercado de trabalho em constante evolução.
O futuro é plural e estamos escrevendo com a letra Éssi.
Por Gisele Müller. Fundadora da Éssi Consultoria e especialista no tema de Diversidade, Equidade & Inclusão nas organizações.