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- Homens Aliados: Ações Compartilhadas pela Equidade de Gênero
Equidade é um trabalho de todos nós Falar sobre equidade de gênero não é falar sobre uma guerra dos sexos.É reconhecer que partimos de pontos de largada diferentes , com acessos desiguais a oportunidades, poder e reconhecimento — frutos de uma construção histórica e social. A busca por equidade não se trata de privilegiar um grupo, mas de corrigir distorções estruturais que ainda limitam a plena participação e o desenvolvimento de talentos diversos. Isso só será possível se todas as pessoas — especialmente aquelas que historicamente ocuparam posições de maior poder — assumirem um papel ativo na mudança. Por isso, quando falamos de homens aliados , falamos de lideranças conscientes , que entendem que o avanço da equidade é um compromisso coletivo e um fator de inteligência organizacional. Por que os homens aliados são fundamentais A literatura sobre equidade organizacional e liderança inclusiva mostra que os homens continuam a ocupar a maioria das posições de decisão e influência — o que significa que nenhuma transformação será sustentável sem o engajamento genuíno deles. David Smith e Brad Johnson em Good Guys: How Men Can Be Better Allies for Women in the Workplace reforçam que a presença de homens como aliados acelera mudanças estruturais, pois redistribui o esforço da equidade , deixando de ser uma luta exclusiva das mulheres. Outras referências, como o estudo da Cambridge University sobre “Men in the Middle” , destacam o papel dos gestores intermediários — aqueles que podem traduzir políticas em práticas e criar espaços seguros para a ascensão de mulheres. Esses estudos convergem para um ponto essencial: ser aliado não é falar sobre mulheres, é agir ao lado delas. A Matriz dos Homens Aliados Para apoiar homens e mulheres a refletirem sobre onde estão nesta jornada pela equidade de gênero — e como podem agir para acelerá-la — desenvolvemos uma matriz prática de perfis de aliados . Ela ajuda a identificar diferentes níveis de consciência e de ação em relação ao tema, estimulando conversas honestas e oferecendo caminhos concretos para transformar intenção em atitude. A matriz é construída com base em dois eixos: Eixo X – Nível de Consciência sobre Equidade de Gênero: vai da negação à compreensão profunda das desigualdades. Eixo Y – Grau de Ação/Atitude em pró da Equidade de Gênero: varia da passividade à atuação ativa e consistente. A combinação desses eixos gera cinco perfis comportamentais: A matriz não tem o objetivo de rotular, mas de ajudar a compreender o estágio de cada pessoa e definir estratégias de engajamento .A equidade é um processo de amadurecimento coletivo — e, assim como nas jornadas de liderança, cada pessoa pode evoluir a partir da consciência e da prática. Do discurso à ação: como construir aliados reais A transformação começa quando homens entendem que ser aliado não é apenas apoiar mulheres individualmente , mas atuar sobre o sistema que cria desigualdades.Algumas práticas essenciais: Aprender a escutar sem defender ou justificar. Usar sua voz e influência para amplificar ideias e reconhecer méritos. Intervir diante de microagressões ou comportamentos inadequados. Rever práticas de gestão que podem perpetuar vieses. Compartilhar espaços de poder , promovendo representatividade em projetos, eventos e lideranças. Cada gesto como aliado é uma peça de transformação cultural. Equidade é uma jornada coletiva O futuro das organizações passa pela capacidade de criar ambientes onde todos os talentos possam alcançar seu pleno potencial .Reconhecer as diferenças de ponto de partida é o primeiro passo; o segundo é agir, juntos e juntas, para equilibrar o caminho.Homens aliados não são coadjuvantes — são protagonistas de uma mudança que busca oportunidades equânimes, respeito mútuo e a realização plena de todas as pessoas. #HomensAliados #EquidadeDeGênero #DiversidadeEInclusão #EquidadeNaPrática #AliadoAtivo #LiderançaInclusiva #CulturaOrganizacional #MudançaEstrutural #MatrizDeAliados #GestãoDePessoas #RH #Liderança #DesenvolvimentoOrganizacional #ConsultoriaEmDEI #EssiConsultoria #ConsultoriaEssi #BlogEssi Por Gisele Müller. Fundadora da Éssi. Consultora, mentora, trainer e coach com o mesmo propósito que a move desde o início: acelerar o crescimento de pessoas e organizações com profundidade e autenticidade. Coautora dos livros Diversidade e Inclusão e Suas Dimensões.
- O Viés da Corda Bamba: Desafios e Caminhos para Mulheres na Liderança
Quando falamos sobre mulheres em posições de liderança, não falamos apenas de números. Falamos de histórias , trajetórias e também de dilemas silenciosos que atravessam carreiras brilhantes. Um deles é conhecido como “double bind” — ou, em bom português, o dilema do “se fizer, é criticada; se não fizer, também” . É como se estivéssemos nos equilibrando em uma corda bamba. Esse paradoxo acompanha muitas mulheres em cargos de liderança: • Se atuam de forma colaborativa , são vistas como “boas, mas suaves demais”. • Se atuam de forma assertiva , são chamadas de “duras” ou “difíceis”. • Precisam provar competência várias vezes, mas muitas vezes recebem menos reconhecimento. • Quando são reconhecidas como competentes, podem deixar de ser vistas como “agradáveis”. Esse jogo de expectativas contraditórias cria barreiras invisíveis, que não apenas desgastam, mas também limitam o potencial de talentos incríveis. E o que podemos fazer para que possamos brilhar apesar do dilema? 1. Torne-se visível Não espere apenas que reconheçam seu trabalho: ocupe espaços de visibilidade, participe de projetos estratégicos e faça questão de mostrar suas conquistas. 2. Use a comunicação como aliada Ser clara sobre seus objetivos e aspirações abre portas. Dizer “eu quero liderar esse projeto” ou “essa é a posição que almejo” ajuda a quebrar barreiras invisíveis. 3. Construa redes de apoio Tenha pessoas mentoras, patrocinadores e pares que reforcem sua credibilidade e ampliem suas oportunidades. 4. Fale sobre o que precisa ser falado Quando se deparar com vieses ou estereótipos, traga-os para a mesa. Muitas vezes, o que é invisível só se torna transformável quando é nomeado. 5. Reforce sua autenticidade Não se trata de escolher entre ser “competente” ou “agradável”. Mulheres que inspiram são aquelas que lideram do seu jeito — combinando resultado com humanidade. E para as organizações? Empresas que desejam acelerar a presença de mulheres em cargos de liderança precisam olhar para além de programas de diversidade “no papel”. É fundamental: • Estruturar processos de avaliação livres de vieses, • Capacitar lideranças para reconhecer talentos sem rótulos, • E criar ambientes inclusivos onde estilos diferentes de liderança sejam igualmente valorizados. Ao longo da minha trajetória, tive o privilégio de acompanhar a carreira de diversas mulheres que, apesar desses dilemas, se destacaram, ocuparam espaços de decisão e transformaram suas organizações. Aprendi que o talento está aí: e que um ambiente organizacional que reconheça, valorize e sustente esse talento faz toda a diferença. Já vi mulheres brilharem quando receberam: Feedbacks estruturados e justos, Patrocínio de líderes que acreditavam nelas, Oportunidades visíveis e estratégicas; e Principalmente, quando puderam ser elas mesmas — sem precisar caber em um molde. Tenho certeza de que, quando damos espaço para que mulheres liderem de forma autêntica, toda a organização ganha: cresce a inovação, melhora o clima, e a performance se multiplica. E você, já viveu ou presenciou esse dilema do da corda bamba? Como tem trabalhado para superá-lo? #LiderançaFeminina #DesenvolvimentoDeCarreira #EquidadeDeGênero #MulheresQueInspiram #DiversidadeEInclusão #ProtagonismoFeminino Por Gisele Müller. Fundadora da Éssi. Consultora, mentora, trainer e coach com o mesmo propósito que a move desde o início: acelerar o crescimento de pessoas e organizações com profundidade e autenticidade. Coautora dos livros Diversidade e Inclusão e Suas Dimensões.
- Agosto lilás e o mês da visibilidade lésbica
Em agosto de 1996 acontecia no Rio de Janeiro o 1º Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE) junto a diversas manifestações construídas por grupos e coletivas de mulheres ativistas pelos Direitos Humanos e mais especificamente, ativistas do movimento de mulheres lésbicas lutando por políticas públicas de enfrentamento à lesbofobia e qualquer outro tipo de violência, por direitos e pela visibilidade de mulheres que amam outras mulheres. O evento teve à frente o Coletivo de Lésbicas do Rio de Janeiro (COLERJ) com o tema “Visibilidade, Saúde e Organização”, entre outras organizações e ativistas. Desde então, no dia 29 de agosto marca-se o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica . Rosely Roth E não para por aí, no mesmo mês temos outra data importante de luta: 19 de agosto, Dia do Orgulho Lésbico - marcado por um grande protesto que aconteceu na cidade de São Paulo na década de 80 , no Ferro's Bar, conhecido como "Stonewall Brasileiro". As manifestações aconteceram diante da violência sofrida por uma das integrantes do coletivo GALF (Grupo de Ação Lésbico Feminista), Rosely Roth. A ativista foi impedida de entrar no bar, espaço que era um ponto de encontro famoso para a comunidade LGBT+ pois recebia jornalistas, artistas e diversas reuniões de grupos de militantes à época. Diante de tal situação, Rosely e outras colegas de luta se organizaram contra essa censura, pois além de ter sua entrada barrada também proibiram no espaço a circulação e venda de um dos mais importantes jornais, o " Chana com Chana " - trabalho desenvolvido por mulheres lésbicas e feministas pensado e produzido pelo GALF, com conteúdos informativos e teóricos que discutiam sexualidade, resistência, política, feminismo, entre outras diversas pautas importantes para toda a comunidade. Movimentado, né? Além dos marcos importantes para a comunidade de mulheres lésbicas e população LGBTQIAPN+ como um todo, o mês de agosto ainda reserva outra agenda extremamente importante para todas as pessoas. Institucionalizado em 2022, batizado de "Agosto Lilás", em referência ao aniversário da Lei 11.340 , que leva o nome de Maria da Penha , acontecem diversas ações em todo território brasileiro reforçando a importância do combate à violência contra a mulher. Maria da Penha Maia Fernandes é uma grande ativista pelos direitos humanos que lutou incessantemente para que seu agressor fosse responsabilizado e condenado pelos crimes e violências que cometeu contra ela. Fundadora do Instituto Maria da Penha, Doutora Honoris Causa da Universidade Federal do Ceará, liderança importante de movimentos de mulheres pelo combate à violência, é uma grande referência de ativismo e resistência. Alguns Dados LesboCenso : das respondentes, 78,6% afirmaram já terem sofrido lesbofobia, 77% afirmaram conhecer alguém que sofreu violência por ser lésbica/ sapatão; quando perguntado a respeito das violências sofridas, 31,3% relata assédio moral, 21% assédio sexual e 18% violência psicológica; além de identificado que 75% dos agentes de violência são pessoas conhecidas. Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 2025 : Em 2024 ao menos 4 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil - Foram 1492 mulheres mortas por serem mulheres, o maior índice desde 2015 * (lembrando que esses números são subnotificados por diversas motivações como medo, falta de suporte, etc). *Ano em que o Brasil promulgava uma lei que incorporava a noção de que a violência de gênero é um fenômeno estrutural e de que mulheres são mortas por serem mulheres (Lei n. 13.104/2015). Esse tipo de crime ganhou o nome de feminicídio, que é diferente do homicídio comum por considerar o contexto de discriminação, dominação e violação de direitos que marca as relações de gênero. Pela legislação brasileira, o feminicídio está configurado quando a morte de uma mulher ocorre no contexto de violência doméstica e familiar (inciso I) ou em razão do menosprezo ou discriminação à condição de mulher (inciso II). Ou seja, não se trata apenas de um crime contra a vida, mas de um crime com motivação baseada em gênero. São muitas as mulheres importantes para o desenvolvimento do nosso país. Importante reforçar que, apesar das datas concentradas no mês de agosto, a luta e o combate à violência contra as mulheres, contra as mulheres lésbicas e contra qualquer outra pessoa e/ ou grupo minorizado deve acontecer cotidianamente. Te convido a refletir sobre suas ações diárias, sobre as pessoas que você tem por perto e as referências que você tem e acompanha em sua vida. Façamos desse, um movimento diário pela dignidade humana. Algumas dicas e recomendações: Visibilidade Lésbica: "Irmã Outsider", Audre Lorde [livro] "Diversidade e Inclusão e suas Dimensões - Vol. 3", Cap. 27 - "Mulheres negras, lésbicas e de axé: Identidades presentes e resistentes no mundo" por Benilda Brito e Talita Sousa [livro] "Sapatonas negras: Potências em movimento", Raíla de Melo Alves [livro] Bom dia, Obvious - EP 306 com Camila Marins: #306/ mulheres que amam mulheres, com Camila Marins [podcast] Revista Brejeiras: Revista Brejeiras (@revistabrejeiras) • Fotos e vídeos do Instagram [Instagram e revista] Agosto Lilás - Combate à Violência Contra as Mulheres: Anuário Brasileiro de Segurança Pública Anuário Brasileiro de Segurança Pública - Fórum Brasileiro de Segurança Pública Estudos Lab Think Olga: Home - Lab ThinkOlga Pesquisa de Equidade de Gênero e Trabalho no Brasil 2024 - Éssi Consultoria: Pesquisa de Equidade de Gênero e Trabalho no Brasil Por Talita Sousa. Mulher negra, cisgênero, sapatona e de candomblé. Bacharel em Ciências e Humanidades pela Universidade Federal do ABC, graduanda em Políticas Públicas pela mesma Universidade, pesquisadora e colaboradora da Éssi Consultoria.
Eventos (28)
- 25 de outubro de 2024 | 16:00
- 17 de outubro de 2025 | 16:00
- 12 de setembro de 2025 | 16:00
Outras páginas (40)
- Maite Westarb | Éssi Consultoria
< Voltar Maite Westarb Psicóloga (FURB), mãe de dois meninos (Joaquim 7a e Enrico 4a). Pós em Psicologia Cognitivo Comportamental. Consultora de Emprego Apoiado (ANEA). Pós em Responsabilidade Social, Cidadania Global e Direitos Humanos (PUC-RS) Especialista em Inclusão de Pessoas com Deficiência atuando há 13 anos em diversos contextos. Há 06 anos consultora de Diversidade e Inlusão. Iniciou carreira como Psicóloga em APAE, depois foi analista de Responsabilidade Social e responsável pelo programa de Inclusão de uma grande empresa e desde 2019 é consultora de Diversidade e Inclusão apoiando diversas organizações a transformarem sua cultura para uma cultura de respeito e valorização da diversidade. É mulher, gorda, bissexual, mãe solo ativista. Redes sociais:
- Felipe Sampaio | Éssi Consultoria
< Voltar Felipe Sampaio Felipe Sampaio é graduado em Letras-Libras, neurodivergente e especializado em Direitos Humanos, Inclusão e Arte. Atualmente, é mestrando em Estudos Culturais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Fundador da Comunique Acessibilidade, atua como Produtor de Acessibilidade Cultural, com ampla experiência na concepção e execução de projetos contemplados por leis de incentivo, promovendo o protagonismo de pessoas com deficiência. Dentre seus projetos de destaque estão o Sarau da Acessibilidade e a Inclui MS – Mostra Literária de Pessoas com Deficiência, entre outros. Pelo seu trabalho na área da acessibilidade cultural, foi premiado pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério dos Direitos Humanos, recebendo os prêmios Sérgio Mamberti e Cidade na Periferia. Atua como parceiro da Éssi Consultoria, integrando o programa Colabora com Éssi. Além disso, a Comunique Acessibilidade é responsável pela interpretação em Libras dos programas gratuitos "DiálogoS é com Éssi!", sendo Felipe um dos pioneiros nessas ações de acessibilidade. Redes sociais:
- Ana Silvia | Éssi Consultoria
< Voltar Ana Silvia Mulher, branca, cisgenero. Empreendedora, formada em Ciências Contábeis e MBA em Serviços Compartilhados. Atuação por mais de 40 anos no mundo corporativo, com a trajetória de auxiliar de escritório à Diretoria de Controladoria, acumulando por 4 anos a posição de Diretora de Gestão de Pessoas. Participação em Comitês Financeiros, de Sustentabilidade e de Inovação. Hoje atuo como consultora e mentora, onde tenho a oportunidade de aplicar diversos aprendizados, principalmente voltados ao feminino e liderança. Redes sociais:









