top of page

Quem tem orgulho de ser sapatão? 

#ParaTodosVerem: A imagem retrata uma combinação da bandeira do orgulho lésbico à esquerda e uma fotografia da Talita Sousa, tirada num evento da Éssi Consultoria, no qual ela está prestando atenção a alguém que está falando e tomando anotações em seu caderno. Ela está sentada.

Em 29 de agosto de 1996 acontecia no centro da cidade do Rio de Janeiro o Primeiro Seminário Nacional de Lésbicas, encontro promovido com intuito principal de pensar a saúde, a visibilidade e organização dessas mulheres. E foi a partir desse marco que o dia 29 de agosto ficou instituído enquanto Dia Nacional de Visibilidade Lésbica


Conhecido como SENALE, a existência de eventos como o Seminário Nacional de Lésbicas é de extrema importância e relevância, não só para o movimento de mulheres lésbicas como para toda a comunidade LGBTQIAPN+ e sociedade como um todo. Os encontros aconteciam com o objetivo de promover ações e reflexões a respeito da saúde e visibilidade de mulheres lésbicas além de diretamente intervir no desenho e existências de políticas públicas através da organização social e coletiva da luta por direitos e dignidade humana, além da segurança e liberdade sexual.  


Dados do primeiro LesboCenso Nacional 2021-2022 (link), organizado pela Liga Brasileira de Lésbicas e a Associação Lésbica Feminista de Brasília - Coturno de Vênus, mostram que cerca de 79% das entrevistadas declararam já terem sofrido lesbofobia, enquanto em média de 77% afirmaram conhecer alguém que já sofreu algum tipo de violência por ser lésbica/ sapatão. Dos casos de violência citados em primeiro lugar de recorrência se destaca situações de assédio moral, seguido por assédio sexual e violência psicológica


E é diante de um cenário de violência constante e repressão que os movimentos sociais pelos direitos e dignidade da pessoa humana se constituem e se fortalecem cotidianamente, e nosso papel enquanto agentes de transformação é sermos ativamente responsáveis pela mudança positiva que desejamos. Lembrando que é recente a concretização de conquistas como a retirada da homossexualidade da lista de doenças pela Organização Mundial de Saúde (1990), o casamento entre pessoas homoafetivas no Brasil (2013) e a criminalização da homo-transfobia no Brasil (2019). 

 

Por Talita Sousa. Mulher negra, cisgênero, sapatona e de candomblé. Bacharel em Ciências e Humanidades pela Universidade Federal do ABC, graduanda em Políticas Públicas pela mesma Universidade, pesquisadora e colaboradora da Éssi Consultoria.

5 visualizações

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page