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Como Dados Transformam Diversidade e Inclusão de Intenção em Resultados

A Diversidade e Inclusão (D&I) deixaram de ser um tema restrito a discursos corporativos para se tornarem estratégias que impactam diretamente os resultados das empresas.

Imagem criada por IA
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No Brasil — onde 56% da população se declara negra (IBGE, 2023), mas apenas 4,7% ocupa cargos executivos (Instituto Ethos, 2022) —, a pergunta que fica é: como mudar essa realidade sem entender o cenário atual?
A resposta está nos dados. Eles revelam defasagens, direcionam ações e evitam que políticas de D&I sejam apenas simbólicas. Neste artigo, exploramos como censo organizacional e pesquisas de percepção são ferramentas essenciais para empresas que querem ir além da superficialidade.

 

1. Diversidade Real Exige Dados (Não Apenas Boas Intenções)


Muitas empresas cometem um erro crítico: implementam ações de D&I sem diagnosticar sua realidade interna. O resultado? Iniciativas genéricas que não resolvem problemas específicos.


Por que métricas importam?

  • Identificam desequilíbrios: Apenas 34% das empresas brasileiras têm programas estruturados de diversidade (Catho, 2023).

  • Excluem achismos: 62% dos profissionais LGBTQIA+ não se sentem totalmente aceitos no trabalho (Talento Diverso, 2022).

  • Garantem conformidade: A Lei de Cotas (12.990/2014) exige monitoramento, mas muitas empresas não avaliam se as políticas são efetivas.


"O que não é medido não pode ser melhorado" — Peter Drucker

 

2. Censo Organizacional: O Mapa da Diversidade


Um censo interno é como um raio-X da empresa. Ele revela:


  • Quem está na organização: Representatividade por gênero, raça, idade, PCDs e outros marcadores.

  • Como estão distribuídos: Há diversidade na liderança ou apenas em cargos operacionais?

  • Padrões de movimento: Quem é contratado? Quem deixa a empresa — e por quê?


Exemplo prático: Se o censo mostrar que mulheres negras têm alta rotatividade em cargos júnior, a empresa pode investigar se há vieses na promoção ou falta de suporte.

 

3. Pesquisa de Percepção: O Termômetro da Inclusão Real


Dados demográficos sozinhos não captam como as pessoas se sentem. Pesquisas de Percepção de Inclusão respondem a perguntas como:


  • "Você vê oportunidades iguais para crescimento?"

  • "Sua identidade é respeitada no ambiente de trabalho?"

  • "Você já presenciou ou sofreu discriminação aqui?"


Essas respostas revelam se a diversidade está apenas nos números ou se também está na cultura.

 

4. O Impacto dos Dados nos Negócios (Além do ESG)


Investir em D&I baseado em evidências traz resultados tangíveis:


  • +19% de receita para empresas com equipes diversas (McKinsey, 2020 — dados da América Latina).

  • 76% dos millennials preferem empregadores com políticas claras de D&I (Deloitte, 2022).

  • Casos de sucesso: O GPA aumentou em 30% a retenção de colaboradores negros após ações direcionadas por dados.

 

5. Por Onde Começar? 4 Passos para Sair do Lugar


  1. Diagnóstico: Use censo e pesquisas para mapear o cenário atual.

  2. Priorização: Foque nos gaps mais críticos (ex.: baixa representatividade de mulheres em TI).

  3. Ação: Crie programas específicos (mentorias, revisão de processos de promoção).

  4. Monitoramento: Ajuste estratégias com base em novos dados.


Metodologia: Os 4 Cs da Cultura Inclusiva


Para transformar dados em ações consistentes e duradouras, a Éssi Consultoria utiliza a metodologia exclusiva dos 4 Cs da Cultura Inclusiva: Conhecer, Conscientizar, Co-criar e Coordenar. A partir do diagnóstico (Conhecer) — com censo de diversidade e pesquisa de percepção —, passam pelo letramento e capacitação da liderança e das equipes (Conscientizar), controem soluções personalizadas com a empresa (Co-criar) e estabelecem indicadores e metas para mensurar o progresso (Coordenar). Essa abordagem garante que os dados levantados se transformem em estratégias sólidas, promovendo uma cultura de pertencimento e inovação, com impacto real nos resultados do negócio.


Conclusão: Dados São o Primeiro Passo para a Equidade


No Brasil, onde desigualdades são históricas, D&I sem métricas é gestão no escuro. Empresas que querem fazer diferença precisam substituir boas intenções por estratégias baseadas em evidências.


E na sua organização, as decisões sobre diversidade são guiadas por dados — ou por suposições?



Por Taiane Mateus. Consultora especialista em Business Insights and Analytics. Apaixonada por dados e tecnologia. Formada em Gestão Financeira (Universidade Anhembi Morumbi), MBA em Controladoria e Finanças Corporativas (USJT).

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